Como colocar limites e deixar as regras bem claras, principalmente em crianças birrentas, agressivas, tiranas, mal-humoradas, violentas…
Qual o momento para se aplicar o limite?
Os limites são estabelecidos pelos pais em relação aos filhos e deve ser iniciado, logo após o nascimento do bebê. Creio também que é pela vida toda.
O que pode e o que não pode? Quando dizer sim e o não?
Vamos falar um pouco sobre essas questões, logo mais.
Os limites fazem com que a criança compreenda as regras e as rotinas estabelecidas pelos pais para que as coisas funcionem em harmonia na família. E, elas precisam ser sim monitoradas pelos pais, nesse sentido os pais devem ser chatos, sim.
Os limites ajudarão às crianças futuramente a serem amigos, a se adaptarem aos grupos, nas escolas, nas profissões cumprindo o que for estabelecido.
A criança pequena tem discernimento para saber o que é certo ou errado
Tudo é uma questão de aprendizagem.
Para segurança da criança é muito importante que o limite seja bem claro, para que ela entenda.
No entanto, nem sempre a criança obedece à risca e nem sempre tem a noção de perigo em algumas atividades que realiza. Nesse caso se a criança estiver correndo perigo, o pai não deve hesitar e tirar a criança do local.
A criança observa as ações e as atitudes dos pais. Percebe claramente se os pais aprovam ou não o que ela faz. E essa atitude dos pais poderá futuramente fazer toda a diferença em aceitação ou não das regras combinadas.
Por exemplo ela percebe se o pai hoje deixa realizar algo, por estar cansado e amanhã não deixa na mesma situação.
À medida que a criança vai crescendo, as regras vão sendo aumentadas e nem sempre a criança a aceita, por ser de difícil compreensão e acabam por atuar contra. São essas regras que necessitam de intervenções mais firmes por parte dos adultos.
Não deixem seus filhos se trancarem no quarto, eles precisam se socializar, precisam de outras pessoas. Se ela se sente rejeitada acaba ficando dependente das redes sociais, quer com jogos, ou conversas com pessoas que nem sempre estão ali para ajudar, mas para prejudicar.
Os limites quando aplicados, devem ser firmes, com voz segura, sem gritos, principalmente quando a criança resiste em obedecer. Por exemplo:
__ “Escute! Os brinquedos devem ser guardados, agora”.
__ “Hora de dormir”; “hora do banho”, …
Alguns limites adequados para aplicar ao comportamento das crianças:
Alternativas úteis ao “Não vou te dar doce antes do jantar, mas depois dele posso te dar um chocolate”.
“Não tenho dinheiro para esse brinquedo agora, mas, no seu aniversário você poderá ganhar”.
Oferecer oportunidades pode ser uma saída adequada para que a criança se sinta ouvida e atenda os limites aplicados.
“Quer escolher a sua roupa, ou eu faço”.
“Quer comer maça, ou pera”.
Se dissermos “quero que você vá já para a cama” criamos uma luta de poder pessoal com os filhos.
Mude a regra e fale:
“São quase 9 horas, hora de se deitar” e mostrar as horas no relógio, criamos conflitos entre a criança e o relógio.
Explicar o porquê se aplica a regra ajudará a criança a ter consciência da situação e a desenvolver bons comportamentos.
“Não morda, os outros, porque machuca e dói muito”.
Neste caso, nunca devemos desaprovar a criança, mas sim, sua conduta.
Jamais dizer: “criança má” ou você é um pestinha, e sim, “morder dói, não morda mais”.
O pai ou a mãe deverá ser firme ao dizer um “não”, mas, para isso deverá ter solidificado o vínculo com o filho.
Os pais educam os filhos, principalmente com suas atitudes, sendo verdadeiros modelos em suas ações.
A coerência ao aplicar limites
Pai e mãe devem ter mensagens claras e coerentes.
Se o papai deixa e a mamãe não, a criança fica confusa e inicia uma situação inadequada.
Alguns passos para se aprender limites
Para que a criança evolua deve-se colocar diferentes formas de limites:
Deve ser estabelecida rotinas para o bebê e para a criança como: horários para a alimentação, horário para dormir, horário para os banhos.
Lembre-se toda rotina leva à estabilidade, à tranquilidade e ao equilíbrio e cria hábitos saudáveis.
A criança precisa ter um local, como referência para brincar e poder se adaptar com maior tranquilidade com o que pode e com o que não pode fazer.
Objetos que oferecem perigos devem ser evitados e proibidos.
Antecipar as tarefas que serão realizadas a uma criança, poderá levá-la a aceitar a rotina e os limites impostos.
Por exemplo: ir colocando algumas “falas”, após essa brincadeira, vamos tomar banho, depois jantar, contar uma história e dormir.
Os pais que devem definir os horários, estabelecendo a rotina diária como:
. horários para se alimentar;
. horário para dormir;
. tempo para assistir TV, que não deve ser no quarto;
. tempo para ficar no computador, no celular;
. tempo para ficar no celular;
. filho não deve ver o que não é apropriado para sua idade;
. criança não pode dormir com o celular no quarto. Ela precisa de noite tranquila. Vigie, recolha o celular e, fique tranquila;
. criança que ainda é dependente dos pais, não deve ter senha no celular, pergunte, dialogue com ele.
Precisamos olhar para a vida dos filhos com muito carinho, sabedoria e principalmente prestarmos atenção às nossas intuições. Elas falam muito, sem falar…, e toda mãe as possui e sentem. Não ignore essas sensações, pois dizem muito. Fique mais atenta e fique por perto.
Às vezes às coisas acontecem debaixo do nosso nariz e não percebemos. As crianças são muito espertas e nós precisamos redobrar nossa atenção
Mesmo que os pais não estejam em casa as regras devem ser seguidas, por quem toma conta das crianças. Nesse sentido, os pais é que estão no comando das mídias e devem ser seguidas com as rotinas combinadas com as crianças.
Colocar limites é muito saudável implica estabelecer vínculos com os filhos.
A palavra “não” é um organizador da psique, a criança entre um ano e um ano e meio inicia a compreensão e o domínio dessa palavra.
Colocar limites faz parte de uma boa educação. Pais não tenham medo de dizer não à criança, com autoridade. Os limites construirão os valores que você quer que ele adquira.
Atenção é muito importante!
Evite o mais que puder o uso da palavra não e dê significado para a ação que não desejamos que a criança faça.
__Fique quieto, cuidado, não pegue isso,…
No lugar de “não pegue isso”, substitua por “cuidado, isso pode te machucar”.
Repare que a frase “cuidado, isso pode te machucar” está carregada de significado para que a criança não realize a ação.
__Não mexa aí menino! Vou te bater!
Cuidado! Isso é de vidro e eu não quero levar ninguém ao hospital.
Por meio de experiências em casa, as crianças acabam compreendendo que as leis, as regras são praticamente acordos feitos entre os pais e filhos para ajudá-los a cumprir o que é necessário para a proteção e segurança de todos.
Dialogue incansavelmente com seus filhos.
A missão dos pais é muito maior do que imaginamos desde antes deles nascerem. Imaginem depois. E não é uma missão fácil. Pensem Nisso!